CACHAÇA, O PRIMEIRO DOS DESTILADOS DE CANA
A História da Cachaça confunde-se com a história do próprio país. 70 anos após o descobrimento, com o surgimento dos primeiros engenhos, inicia-se o Ciclo da Cana, que ganhou importância com a exportação do açúcar, chamado então ‘ouro branco’ pelos comerciantes portugueses. E, com a cana, surgiu a Cachaça que vai aos poucos aprimorando sua qualidade e substituindo a ‘aguardente do Reino’ destilada a partir do bagaço da uva. Apreciada pelos colonizadores por suas propriedades terapêuticas e pelos africanos escravizados como meio de comunicação com seus deuses, a produção de cachaça se expande por todo o Brasil colonial chegando, no Rio de Janeiro, a superar a produção do açúcar no sec. XVIII.
A TRADIÇÃO DA CACHAÇA
NO RIO DE JANEIRO
O Rio de Janeiro foi a capital da Colônia a partir de 1763, do Império Português entre os anos de 1808 a 1822 e depois a capital do Brasil até 1960, concentrando a demanda pelos melhores produtos do país. Já foi grande produtor de cachaça de qualidade, tanto nas montanhas na região do vale do café, quanto em Paraty, porto de exportação da época colonial. Uma tradição que se mantém até hoje.
O Rum foi “inventado” 150 anos depois da cachaça. Apesar de ser feito da mesma matéria prima, a cana de açúcar, a cachaça é diferente do rum: cachaça é feita com o caldo fresco da cana, enquanto o rum é feito do melaço, um sub-produto da produção do açúcar. O processo de destilação do melaço foi descoberto só no final do século XVII por engenheiros holandeses.
Magnífica de Faria
Nossa historia
OS PRIMEIROS PASSOS DA MAGNÍFICA
Em 1985 lancei-me na aventura de resgatar esta tradição e produzir uma cachaça de qualidade nas montanhas do Rio de Janeiro, no limite dos Municípios de Miguel Pereira e Vassouras. Convencido do imenso potencial da cachaça, empenhei-me junto com outros produtores e órgãos do setor, pelo seu reconhecimento, valorização e qualificação trabalhando na criação do Programa Brasileiro da Cachaça – PBDAC em 1997, que deu origem em 2006 ao Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC. No mesmo ano o Ministério da Agricultura criou a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça, da qual tive a honra de ser nomeado como primeiro Presidente.
Na época de registro da marca, minha esposa era a Magnífica Reitora de uma universidade carioca. Daí a origem do nome escolhido para nossa cachaça.
Um momento importante da nossa história, foi quando em 2003 formamos uma parceria com a então pequena cadeia de restaurantes inglesa ‘Las Iguanas’. Junto com eles, temos criado nos consumidores a cultura e o prazer de se degustar as melhores caipirinhas. Depois dos ingleses, o interesse pela Magnífica surgiu em vários outros países.
A MAGNÍFICA HOJE
Hoje sinto orgulho pelo reconhecimento que a Magnífica vem recebendo, acumulando vários prêmios, sendo o maior destaque a classificação da Magnífica Reserva Soleira em 2° lugar na Cúpula da Cachaça de 2014 e 2018, entre mais de 1000 cachaças, confirmando o alto padrão de qualidade dos nossos produtos.
Em 2020 tive a honra de ser homenageado pelo Bloco do Badalo, um bloco de carnaval tradicional do bairro de Santa Teresa, com o enredo “A Magnifica cachaça do João”. O carinho do povo deste bairro não tem preço!
Meus filhos Raul e Ana Luiza estão continuando o trabalho que eu comecei, mantendo o objetivo de produzir um destilado de cana entre os melhores do mundo, respeitando a natureza e cuidando do bem estar dos funcionários. Tenho certeza que a minha cachaça Magnífica vai trazer, por muitos anos ainda, momentos de prazer e convivialidade a consumidores no Brasil e no mundo.
Sarava !
João Luiz de Faria
Cau, João Luiz, Ana Luiza e Raul de Faria